quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

sua religião amar,

por todo lugar
sinal me faz
unir ao lado
de divino à você

a fé , flores à volta
me apontam o sentimento
de encontrar você
aqui


flores caliente mente
sentindo
paz e emoção
e digo que isso,é
meu coração

sua palavra
amar
meu sonho
te segurar
beijar, segurar

tocar dentro do cor
po que há sentido quando
te vejo e sou você

passo assim,
ação de mim
pensar e amar
pra te adorar

Dois anos de Uel fm,

Me ensinaram, a ter paciência e agradecer aos amigos
a atenção do "Patrulha do Rock", e das bandas, que estão aki e que estão por ai
andando e trilhando o Brazil. Em ajuda que demos aos iniciantes, gravando em Samplitude e hoje em Dj Pro.
Bandas que fazem a outra parte da história, pela voz de Elias Vergennes, Eliette, e outros radialistas que nos ensinaram alguns segredos do pop, do rock e de gravações. Pessoalmente e por fone, agradeço ao início de uma rádio que ajuda a comunidade paranaense.

Valeu Elias, João Lopes, Rossano, e outros amigos radialistas.

Isso é country rock!!!!!!!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=IakCPeyFQ6c&feature=PlayList&p=B6DEB83E3D57CC61&index=52&playnext=4&playnext_from=PL

Poesia Bitnick

http://www.youtube.com/watch?v=xPGwJWfLoXw

Poesia Punk, São Paulo

Homenagem à wilson Silvestre, http://www.youtube.com/watch?v=eJp4Dx7DReg

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Eu não sei o que fazer comigo, white stripes

http://www.youtube.com/watch?v=bTKCFh8qcik

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Generos literários em redação

O que as escolas não ensinavam, fazer redação centrados em um gênero literário, bom so no Brasil né, e cobravam tal postura dos alunos...E algumas boas referências citam alguns tipos de gêneros literários, que são estilos de escrita: O épico, o lírico e o dramático aparecem em maior destaque. Em consequência deles, os sub-gêneros em verso e prosa, ficcionais e realísticos, Vidas Secas é exemplo de literatura realística, na ficcção ...

O desenvolvimento contemporâneo dos gêneros clássicos, mostra os contos, novelas, poemas épicos,novelas, crônicas, fábulos e ensaios. Onde os elementos de construção textual, são ligados à ENREDO, CONFITOS, ESPAÇO, TEMPO E CLÍMAX.

Características de Romance e outros gêneros, Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos de carácter verossímil.


Fábula: é um texto de carácter fantástico que busca ser inverossímil (não tem nenhuma semelhança com a realidade). As personagens principais são animais ou objetos, e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.

Epopéia ou Épico: é uma narrativa feita em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um povo. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisséia, de Homero.

Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevialidade do conto. O personagem se caracteriza existencialmente em poucas situações. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O alienista, de Machado de Assis, e A metamorfose, de Kafka.

Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores (conto popular). Caracteriza-se por personagens previamente retratados. Inicialmente, fazia parte da literatura oral e Boccaccio foi o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão.

Crônica: é uma narrativa informal, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial, breve, com um toque de humor e crítica.


Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo idéias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico.

"Oração Maia"

" Para ser o Sol, eu acendo meu corpo luminoso, a partir da minha divindade. De dentro da vastidão de meu Sol interior, eu faço nascer mundos potenciais. Na fundação de minha forma humana, eu desperto meus pontos estelares neste corpo paradisíaco para tocar todos os mundos e mover-se em todas as dimensões.
Meu Sol interior brilha com Amor Incondicional. Eu acendo meu coração do Ser. Eu sinto a radiância de meu Sol incorporado. Eu experimento seu brilho, que agora consome minha ansiedade, destilando minha essência, revelando meu estado original de liberdade e inocência.
Minha criança divina nasce novamente ! E eu apareço com o Espírito do Grande Sol Central, EU SOU o caminho de volta às estrelas !!!"

Me identifico e voces?

http://www.youtube.com/watch?v=5LuH0ywYVQc

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Gaia Ciência

Ator e espectador do drama humano. ___ Homem, filho do Bem, filho do mal
Sei de tudo, desci ao fundo amargo
Das idéias, das cousas, das criaturas,
e, dentro da tragédia universal,
fui anjo, fui reptil e o vôo largo
das águias suspendi pelas alturas
eternas das idéias infinitas.

Sofri as leis humanas e divinas...Pensei, senti, vivi profundamente
todas as grandes realidades vivas
e encontrei as verdades cristalinas
do universo visível e aparente
No coração das horas fugitivas..

Nada escapou à minha pnetrante
Impressão da ecistência. vivi tudo!
E tudo que vivi, do claro ao misterioso,
foi destilado na palheta latejante
E passou pelo filtro intimo e mudo
De um alto pensamento generoso.

Despindo as formas leves e vaidosas,
Rasgando as superfícies ilusórias,
a minha alma alongou suas raízes
Insinuantes, sutir, silenciosas
Pelas intimidades infelizes
De tudo quanto viu dentro da Vida.

E cresceu, floresceu, sorvendo gota a gota
Essa seiva de fel, ácida e ingrata
Que há no fundo sombrio das Verdades
E dentro dos seus frutos coloridos
que um meigo vento lírico desata,
ainda há vivos venenos diluídos,
que o puro azul dos céus serenos ameniza,

Cruz e Sousa,

"Passa no Azul, cantando, uma trirreme de outo...
Velas pandas...No Azul...Que levita inspirado
Reza o Ebúrneo Missal, de um requinte ignorado,
Entre astros monacais e iatagás de mouro?...


"Rurilam brocatéis de púrpura e de prata...
Fulgem Broquéis, à pópa...A trirreme estremece...
Isis! quem te acompanha a estranha serenata
E para o além da morte entre os teus braços desce?

A morte é a eternidade; é um poente de outono...
Mago! tu vais dormir o glorioso sono
Entre broquéis de onix, e iatagás de mouro...

Vais dormir!...Vais sonhar!...(Nobre e celeste oblata!)
Segue no Azul, cantando, uma trirreme de ouro...
Rutilam brocatéis de púrpura e de prata.

A mediunidade é uma árvore, que abre uma copa pro além...

Palestrante da usp, em video apresentado mundialmente, diz que quando a pessoa abre sua copa para o além, ela deve ter raízes, para não sofrer muito. Sua missão deve ser trabalhada, e caso isto não aconteça aparecem doenças, como transtorno bipolar, e epilepsia.

Os dois usam a mesma medicação para o tratamento, para tirar a pessoa do transe, não é trabalhada a mediunidade na sociedade, segundo professor,nos nascemos pra transcender, e no mundo ocidental, onde está a religiosidade, oprimida? o Capitalismo oprime a espiritualidade? A mediunidade, que nos permite o contato com a luz, local que já estivemos, então como teremos o desejo de estarmos na luz se você não experimentou, tendo mediunidade a pessoa poderá aproveitar o paraíso. Nosso organismo nasceu com esta porta aberta, a porta de saída é a pineal, é a expansão de nosso devir.

Outros deuses Maia

Outros Deuses celestes são:
GUCOMATZDeus da tempestade que ensinou os homens a produzir o fogo. Era considerado também do Deus do Furacão. É bom lembrar que os maias viveram em um território de passagem de ciclones no período de março a setembro.

HURAKÁNOutro Deus das Tempestades.

CHACDeus da Chuva, um ser benévolo, representado com muitas cores. Os sacerdotes, em suas cerimônias religiosas, eram ajudados por quatro homens anciões, que eram chamados de Chacs, em honra ao nome do Deus.

YUM CHACDeus da Chuva.

XAMAN Deus da Estrela Polar, tinha um rosto simiesco e achatado, mosqueado de negro. Ele era o padroeiro protetor dos mercadores que lhe faziam regularmente oferendas e fumigações do copal nos pequenos oratórios semeados em sua intenção à beira das estradas.

Sol e lua no mundo maia, curiosidades

Entre as divindades celestes, o Sol (Kinich Ahau, Deus Solar) e a Lua (Ixchel, Deusa Lunar) detinham um lugar preponderante; todo o ciclo de lendas se relacionava com eles.

Parlapatões, Voce me deixa doidão, Bortolotto

http://www.youtube.com/watch?v=6ae6WChtvA4&feature=related

domingo, 20 de dezembro de 2009

Exemplos de referencia bibliografica,

EXEMPLOS
Um autor
CASTRO, Cláudio de Moura.

Dois autores
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino.

Três autores
ENRICONE, Délcia; GRILLO, Marlene; CALVO HERNANDEZ, Ivone.


posteriormente, entidade:

Entidade coletiva
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação.


SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente.
BRASIL. Ministério da Educação.

CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÂO (RS).



Ultimo titulo:


Título (autoria não determinada)
AVALIAÇÃO da Universidade, Poder e Democracia.


Livro
SOBRENOME, Prenome. Título: subtítulo. Nota de tradução.* Edição.** Local: Editora, ano de publicação. nº de pág. (opcional) (Série) (opcional)
Exemplo:
WEISS, Donald. Como Escrever com Facilidade. São Paulo: Círculo do Livro, 1992.

Som da semana mtv, Amy winehouse

http://www.youtube.com/watch?v=Jt53nLIS8MI

A melhor teoria lógica de produção de texto, pode ser encontrada em Odisséia de Homero,

Alguns professores da Unesp, nos passaram e até hoje fica de exemplo,

obrigado!!

A odisseia pode-se dividir em 4 grandes partes, embora tenha sido escrita originalmente em 6 livros... É com a história
google_protectAndRun("ads_core.google_render_ad", google_handleError, google_render_ad);
de Telémaco que vive em ítaca com a mãe e que suporta mal a presença dos pretendentes da mãe, que querem tomar o lugar do Ulisses que havia partido para a guerra de Tróia há largos anos, que tudo começa. Atena, disfarçada, aconselha Telémaco a ir à procura do pai e então ele convoca a Assembleia e decide ir em busca do pai. Vai numa nau até Pilos, a casa do rei Nestor, que lhe conta certas peripéciasda Guerra de Tróia e da morte de Agamémnon. Depois, vai até Esparta com o filho de Nestor e, no palácio de Menelau e de Helena, ouve mais histórias da Guerra. Enquanto Telémaco procurava pelo pai, Hermes é enviado por Zeus a Ogígia para ordenar a Calipso que deixe Ulisses partir e, então, ele faz uma jangada e parte. Em alto mar, sofre uma tempestade e vai ter à Terra dos Feaces, onde se encontra com a princesa Nausícaa. Ela aconselha-o a ir ao palácio e diz-lhe o que deve fazer para obter ajuda e ser bem recebido. Ulisses, depois de ouvir as histórias do poeta, emociona-se, chora, e o rei Alcínoo pede para ele contar a sua história. Ulisses começa então por contar o dia em que deixaram Tróia para trás e que passaram por várias Terras... No caminho, passaram pela ilha dos ciclopes, onde ele feriu o filho de Poseidon para fugir da sua gruta. Atracaram também na ilha da feiticeira Circe, que transformava os homens em animais (porcos) e segue caminho até ao Hades, mundo dos mortos, para enterrogar Tirésias sobre o seu futuro. Lá no Hades fala com companheiros da Guerra e com a sua mãe, que morrera de saudades... Decide voltar à ilha de Circe e ela avisa-o das sereias, que enfeitiçam os homens, de Cila e de Caríbdis. Segue viagem, mais outra vez, e vai ter à ilha do Sol, onde os seus companheiros matam os animais e morrem todos no mar, excepto Ulisses que vai ter à ilha de Ogígia, onde permanece 7 anos até Calipso o deixar partir. Depois, como já contámos vai ter à ilha dos Feaces, que o ajudam a voltar a ítaca nas suas naus que são melhores que todas e deixam-no a dormir na terra que há muito tinha deixado! Dá-se, então, o regresso de Ulisses a ítaca... Primeiro, esconde os tesouros e vai a casa do porqueiro, onde ouve o porqueiro contar como chegou a ítaca e, disfarçado de mendigo, conta a sua história inventada. Telémaco, quando regressa, encontra-se com o pai na casa do porqueiro e Ulisses dá-se a conhecer ao filho e, juntos, combinam como enfrentar os pretendentes. Dá-se uma prova de armar o arco e atirar por entre uns machados e Ulisses, ainda como mendigo, ganha a prova e, de repente, mostra-se como o rei de itaca. Juntamente com Telémaco, com o porqueiro e com o boeiro mata todos os pretendentes! Mais tarde, revela-se a Penélope que o testa e comprova que é mesmo o seu marido... já com tudo "estabilizado" vai visitar o pai, Laertes, que vivia só e triste! Resumidamente, esta é a História de Ulisses, a Odisseia de Homero, escrita há já tanto tempo mas que se mantem fiel, através das traduções, seja em que língua for... Além de tudo, Ulisses tem o seu simbolismo. O facto dele se transformar por acção da Deusa pode significar que o ser humano está em contínua mudança, que há forças misteriosas que nos podem ajudar a vencer perigos que achavamos invencíveis e que a nossa aparência, a maneira como nos vêem ou nos vemos a nós próprios é subjectiva, transforma-nos conforme o olhar que sobre nós incide.

Mulheres

A porta de um bazar gloriosamente assoma
a Venus imortal dos amores andejos;
Madame Hortencia Alvim de Pais e Barros,
Apaga-se a seu lado, a figura da filha.
Seu dramático vulto, airoso e alto,
modelado em violette e doirado por lendas,
a um tempo é inferno e é céu.
Sarjam-lhe o corpo os sádicos desejos
da açulada matilha
dos dons-jooes da alta roda,
pois os olhares seus - luxuria ao leu
devassam-lhe o pudor e rompen-lhe de assalto
as muralhas dos linhos e das rendas.

É a literatura uma ficção?

Muito antes de publicar o meu primeiro livro eu já ouvia dizer que o romance e o conto estavam mortos. Parece que a primeira morte teria sido anunciada ainda em 1880, não obstante, como todos sabem, Emily Dickinson, Tchekov, Proust, Joyce, Kafka, Maupassant, Henry James, o nosso Machado, Eça, Mallarmé, as Brontë, Fernando Pessoa (um pouco mais tarde) estivessem ativos naquela época.

No início do séc. XX, com o lançamento, por Henry Ford, do Ford Model T, um automóvel popular, construído numa linha de montagem, um carro barato que em poucos anos vendeu mais de quinze milhões de unidades, as Cassandras afirmaram que agora a literatura de ficção, na qual se incluía a poesia, estava mesmo com os dias contados. Dentro de pouco tempo todas as pessoas teriam automóvel e usariam o carro para passear, fazer compras, namorar em vez de ficarem em casa lendo. Ou porque não soubessem o que lhes reservava o futuro, ou lá porque fosse, o certo é que muitos escritores, como Yeats, Benavente, Galsworthy, Selma Lagerlof, Rilke, Kavafis, Edna St. Vincent Millay continuaram escrevendo, e talvez até mesmo tivessem um Model T na garagem deles.

Nova anunciação mortal veio logo em seguida, causada pelo cinema, denominado de Sétima Arte. Uma pesquisa da época mostrou que em cada 100 pessoas 80 freqüentavam o cinema e 2 (duas!) liam livros de ficção. Agora mesmo é que a literatura, enfim, havia morrido. Desta vez não tinha salvação. Mas Sinclair Lewis, Thomas Mann, Bunin, Céline, Ana Akhmatova, O'Neill, Pirandello, e muitos outros não sabiam disso. (Os dois últimos são autores de teatro, mas o teatro começou a morrer antes.)

Depois nova morte foi profetizada, quando do advento da televisão. Mas William Faulkner, Eliot, Gide, Hesse, Quasimodo, Pasternak, Camus, Hemingway, Beckett, Seferis, Kawabata, Mauriac, Steinbeck e muitos mais não pararam de escrever. Que diabo, esses caras não liam os jornais? Não sabiam que a literatura de ficção havia morrido?

Afinal veio o golpe de misericórdia: o computador e a Internet. Era a pá de cal. Mas o que estava acontecendo? Quem são (ou eram) esses loucos escrevendo poesia e romance – Carlos Drummond de Andrade, Czeslaw Milosz, João Cabral, Pablo Neruda, Montale, Heinrich Böll, Saul Bellow, Isaac Bashevis Singer, Octavio Paz, Brodsky, García Márquez ("se você diz que o romance está morto, não é o romance, é você que está morto"), Canetti, Günter Grass, Kenzaburo Oe, Saramago, João Ubaldo, Ferreira Gullar e um montão de outros? O que na realidade está acontecendo?

Existem muitos estudos interessantes e extensos sobre o assunto, como o da ensaísta Leila Perrone-Moisés, em seu livro Altas Literaturas (Companhia das Letras, 1998). Uma coisa talvez esteja acontecendo: a literatura de ficção não acabou, o que está acabando é o leitor. Poderá vir a ocorrer este paradoxo, o leitor acaba mas não o escritor? Ou seja, a literatura de ficção e a poesia continuam existindo, mesmo que os escritores escrevam apenas para meia dúzia de gatos pingados?

Kafka escrevia para um único leitor: ele mesmo. Recordo Camões. Ele era um arruaceiro, e acabou na prisão, ou por motivos de suas rixas ou por ter se envolvido com a infanta Dona Maria, irmã do rei João III. Para obter o perdão do rei ele propôs-se a servi-lo na Índia, como soldado. Lá ficou 16 anos e, afinal, a bordo de um navio voltou para Portugal, acompanhado de uma jovem indiana, que ele amava, e a quem dedicou o lindo soneto "Alma minha gentil, que te partiste". O navio naufragou e Camões só pensou, durante o naufrágio, em uma coisa: salvar o manuscrito dos Lusíadas e dos seus poemas. Deixou a mulher amada morrer afogada (confesso que especulo), e perdeu todos os seus bens, mas salvou os seus manuscritos. Para quem ler? Estávamos no século XVI e muita pouca gente em Portugal sabia ler. Mas Camões pensou nesse punhado de leitores, era para eles que Camões escrevia, não importava quantos fossem eles.

Os leitores vão acabar? Talvez. Mas os escritores não. A síndrome de Camões vai continuar. O escritor vai resistir.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

vale de oração, poema

quando tec antar,

vejo um séu, passando por mim
adoro
muito intenso, um ar assim
super ar, encontro e te falar
te amo
a me realizar em ti
um céu assim


que goste de mim
e ver,
e sempre sim, levando pelas nossas mãos
meu anjo da guarda, teu vale teu chão,
na cidade de Deus por tudo que
faz nesta tua janela de paz.......
que siga em ti,
meu Deus sempre aki

cheiro e gosto e de teu encanto,

um rubi na cidade,

o amor , aparece todo dia o luar, ar pra te amar

selvagens amigos pedindo a ti ,
Senhor,
a graça do amor em si,
da vida e luz, que por ti haverá,
Na cidade o que há,

quieta e doce, tua cura

eu nossa casa o amar
e ver meu senhor,
anjos e arcanjos
voando em ti,

um rubi maravilhoso
que vale olhar


um rubi encantador
que vive dentro de ti
seus focos azulados e negros
um universo a teu favor, peço e me atendes amor,
obrigado por tudo hoje e te sinto.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Branca

Noiva, deixa beijar as tuas mãos pequenas,
Nascidas para estar em regalos de arminho,
São mais alvas, talvez, que o teu leque de penas
E mais puras, eu sei, do que as sedas dum ninho.

Sou mendigo de amor, elas são Madalenas,
Feitas só para andar de carinho em carinho,
Vamos juntos partir pelo mesmo caminho,
De pousadas em flor, de tapiz de acucenas.

Ao tirá-las assim dentre rendas e plumas,
Julgo ver repetir-se a apoteose do belo,
Anfitrite surgindo outra vez das espumas.

Hóstias brancas de amor, deixa agora beijá-las,
Mãos gentis que eu adoro e entre as minhas anelo
Flor de neve polar, lélia ebúrnea das salas.

linhas de estudos de chakras, orientação para concentração individual de linhas dos chakras para meditação e ponto de equilibrio

Um dos sites de estudo de guardiões de chakras, e linhas de proteção do sexto chakra, vejam no site, http://books.google.com.br/books?id=5jxOylYkIOAC&pg=PA188&lpg=PA188&dq=estudo+ponto+de+equilibrio+aura&source=bl&ots=bUd5Z6r-8s&sig=Si8BpjDjQnUsHLcrqTHh2sFHKHU&hl=pt-BR&ei=lOEqS7zXA42W8AaapriVBw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CA4Q6AEwAjgU#v=onepage&q=&f=false

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

KAEILARAE

KAEILARAE: A PAZ




Vivemos irritados, meu amor.

Tudo nos irrita, pois tudo nos amedronta, pois sentimo-nos responsáveis por tudo, logo, culpados de todo erro.
Nossa atividade permanente é encontrarmos um bode expiatório que alivie nossa culpa e nossa irritabilidade.

Não há como mudar, em si, este estado de tensão e de estresse permanente, ele é a decorrência da nossa educação que visa a fazer de nós cidadãos "responsáveis".
A complexidade da dinâmica social gera uma incomensurável pressão sobre nossas pulsões individualistas, sentimo-nos, então, culpados quando elas surgem, reprimimo-las, frustramo-nos, irritamo-nos, e a busca de bodes expiatórios é a última possibilidade de alívio que nos resta antes de entrarmos em processo de auto-agressão através da depressão, ou da destruição da nossa saúde física.

Toda dinâmica social complexa é regulada através de rituais de sacrifício de bodes expiatórios.

Esta prática é tão antiga quanto o homem, meu amor.
Sempre houveram, nas grandes sociedades primitivas, sacrifícios de vítimas para aplacar a cólera dos deuses.
O termo "bode expiatório" designa um costume judeu.
Em tempos remotos essa comunidade costumava abandonar um bode no deserto a fim de que ele carregasse com ele os pecados da população para longe dela.
O próprio Abraão escutou Deus pedir-lhe o sacrifício do seu próprio filho, e só renunciou a esse sacrifício no último instante, quando escutou Deus pedindo-lhe para parar.

Nenhum de nós sabe realmente viver em sociedade sem recorrer ao sacrifício de bodes expiatórios para aplacar seu sentimento de culpa e a violência que ele gera, meu amor.

Basta observarmos o comportamento de motoristas no trânsito.
Ou o discurso dos políticos.
Ou o que pensam os homens "religiosos" de outras religiões.
Sequer os grandes debates científicos escapam a essa regra absolutamente sem exceções.

Posso te parecer excessivo, meu amor, pregando esse absolutismo em um mundo relativo.
Busca, então, tu mesmo a exceção, meu amor.
Tenta encontrar um só elo da cadeia social que escapa à regra do sacrifício do bode expiatório como meio de manter sua coesão.

No seio de uma família, ensina-nos a psicologia, será sempre o membro mais sensível que carregará o sintoma do grupo, que será, inconscientemente, sacrificado para que os outros guardem uma estabilidade relativa.

Poderia discorrer ainda sobre vários outros aspectos dessa necessidade imperativa de sacrifícios rituais, mas deixo ao teu encargo encontrar a exceção, meu amor.
Caso essa dinâmica do sacrifício de bodes expiatórios te interesse, aconselho-te a buscar as obras de René Girard, um autor francês, grande especialista nesse tema.

Mas quem primeiro nos alertou para o absurdo dessa prática de bodes expiatórios como regulador social foi, precisamente, um judeu, conhecido sob o nome de Jesus Cristo.
Pois, para que um sacrifício seja válido enquanto regulador de tensões sociais, lembra-nos René Girard, é necessário que a vítima dele seja unanimemente designada.
Essa unanimidade foi obtida na condenação de Jesus.
Mas, graças à continuação da ação de Jesus através dos seus discípulos, o sacrifício perdeu sua unanimidade, logo, sua legitimidade.
E, com isso, seu valor de "cimento" contentor da discórdia popular.
Como os discípulos clamavam a inocência do seu mestre, invocando a ressurreição, a função de aplacador momentâneo da culpabilidade do povo hebreu, intentada através do sacrifício de Jesus, perdeu toda a sua credibilidade.
Principalmente porque, com o desaparecimento do corpo, tornou-se impossível provar realmente que Jesus não ressuscitara, como havia afirmado que o faria.
Jesus foi, assim, a primeira "vítima" famosa que conseguiu demonstrar a injustiça de todo sacrifício.
Mas, embora a unanimidade do reconhecimento do sacrifício tenha sido rompida, o sacrifício em si voltou-se contra o próprio povo judeu, que passou, em seguida, a ser o bode expiatório do sacrifício de Jesus.
E como se isso não bastasse, alguns dos seus próprios seguidores alimentaram séculos depois essa "tradição" executando vítimas durante a inquisição.

Coloco aqui estes fatos, que marcaram nossa história humana bem além do ocidente, meu amor, apenas para salientar o impacto desta prática de sacrifícios rituais.
Mas não é minha intenção defender nenhum aspecto, nem atacar outras interpretações destas narrações.

Apenas saliento que, de fato, toda e qualquer acusação, seja a quem for, seja pelo motivo que for, é um sacrifício ritual de um "bode expiatório", meu amor.

Pois, por mais que um humano seja reconhecido responsável de um erro gravíssimo, não será o seu sacrifício, a sua "punição", que corrigirá o erro:

Todo erro só poderá ser corrigido se nos preocuparmos menos com quem o executou e mais com os fatores que propiciaram essa execução.

Há uma lei científica que diz:
"As mesmas causas produzem sempre os mesmos efeitos."

Enquanto desviarmos toda nossa atenção aos "criminosos", que são efeitos de uma dinâmica humana, não teremos energia suficiente para buscar as causas que os produzem.
Não creias que ataco aqui o critério de justiça ou que proponho que malfeitores não sejam responsabilizados e punidos pelos seus atos, meu amor.
Longe de atacar a justiça aqui, eu a defendo.
Pois, nessa dinâmica social de "bodes expiatórios" a justiça e as leis são elas mesmas as primeiras vítimas!

Já que esperamos da polícia, da justiça e dos homens políticos, que eles erradiquem a criminalidade erradicando os criminosos, sem um interesse maior em apreender as causas que os produzem.
Sacrificar dirigentes, porque eles não acabam com a fome e o crime, é outro ritual de sacrifício típico das democracias.
Mas, que político seria eleito propondo um programa de reflexão sobre as causas da fome e do crime?
Políticos só são eleitos se prometerem o que não podem cumprir.
Os eleitores mesmos são os que pedem para serem enganados, para poderem, em seguida, sacrificar os que eles mesmos elegeram.

Mesmas causas, mesmos efeitos...
Enquanto só nos interessarmos pelo sacrifício dos executores do "mal", nada mudará no que os produz.

Como nenhum de nós possui recursos capazes de influenciar, a curto prazo, essa dinâmica de sacrifício ritual numa escala social tão ampla, vamos, antes, nos contentar de encontrar onde uma melhor compreensão desse fenômeno poderia nos ajudar na nossa vida cotidiana, meu amor.

Voltemos ao início:
"Tudo nos irrita, pois tudo nos amedronta, pois sentimo-nos responsáveis por tudo, logo, culpados de todo erro.
Nossa atividade permanente é encontrarmos um bode expiatório que alivie, através de um ritual de sacrifício, nossa culpa e nossa irritabilidade".

Renunciarmos, simplesmente, ao ritual de sacrifício não é a melhor solução, meu amor.
Pois, quando não descarregamos nossa violência contra os demais, ela converte-se, imediatamente, em auto-agressão:
Quem renuncia a utilizar "bodes expiatórios", torna-se o próprio.

A solução desse dilema reside antes na compreensão da "lei da reciprocidade", meu amor.
A "reciprocidade" é uma decorrência de uma lei da física que demonstra que:
"Toda ação gera uma reação igual e contrária".
No plano físico não há duvida, meu amor.
Se duvidas, acaricia o tronco rugoso de uma árvore e sente como esta parece devolver-te tua carícia.
Em seguida, se ainda duvidas da lei, esmurra o tronco com uma certa força e sente como a agressão te é imediatamente devolvida.

A lei da "reciprocidade", ou o "retorno do bumerangue", é utilizada pelos chineses não somente no plano físico, mas igualmente no plano psíquico.

Mas poucos entre nós acreditam realmente que serão pagos "com a mesma moeda".
A citação bíblica: "quem com ferro fere, com ferro será ferido", parece uma afirmação errônea e infantil, de tanto que nossa humanidade parece regida pelo desrespeito fundamental dos direitos humanos e governada pela injustiça.

No entanto, meu amor, os injustos só nos parecem impunes porque desconhecemos a natureza mais profunda do bem e do mal.

Pois o que é o "mal", meu amor?
A mais unânime definição seria certamente:
"Tudo que nos faz sofrer".

Se levarmos em conta o ditado que diz que: "há males que vem para o bem", teremos, então, que considerar, em função da definição acima de "mal", que um sofrimento só é um "mal" se ele conseguir manter-nos em seu poder, impossibilitando-nos de convertê-lo em um "bem".

Como, então, não ser vítima permanente do sofrimento?
Como convertê-lo em um "bem"-estar?
Como não ser vítima da injustiça, da agressão imerecida, da indiferença?
Como suportar que pessoas insensíveis ao sofrimento alheio cometam crimes e injustiças sem serem aparentemente incomodados?

Antes de entendermos porque a injustiça é aparentemente "permitida" a alguns, meu amor, necessitamos primeiro tentar entender como nos tornamos vítimas permanentes do sofrimento.
Pois a lei do "bumerangue" só ocorre a nível psíquico porque qualquer pessoa, normal e sã, culpabiliza ao realizar um ato que transgride seus valores humanos.
Essa culpabilidade será o motor inconsciente que acionará uma "punição" destinada a aliviar a culpabilidade.
Eis como funciona a lei da reciprocidade a nível psíquico em todos nós.
A exceção a essa regra são aqueles humanos que se desumanizaram a tal ponto que não sentem mais nenhuma culpabilidade em cometer injustiças.
Logo, não buscarão inconscientemente uma punição para aliviar uma culpa que está desativada neles.

Tais humanos podem, potencialmente, cometer grandes injustiças.

No entanto:
Podem eles atacar um "justo"?
E o que chamo eu aqui de "justo", meu amor?

"Justo" é, simplesmente, aquele que, entendendo a lei da reciprocidade, sabe que é impossível prejudicar alguém, ou mesmo algo, sem ser vítima ao mesmo tempo do mesmo prejuízo.
Ser "justo", contrariamente ao que se pensa comumente, meu amor, não é uma questão de "bondade".
Ser "justo" é uma simples questão de inteligência.

"Justos" e "desumanizados" tem um ponto em comum, meu amor:
Ambos são isentos de culpa.
Os primeiros porque não cometem injustiças, os segundos porque não culpabilizam por elas.

"Justos" e "desumanizados" nunca se encontram, meu amor, pois os desumanizados temem naturalmente os justos, bem mais do que o contrário.
Se nós todos tememos os desumanizados e seus atos bárbaros, meu amor, é porque ainda fazemos, em parte, parte deles.
É porque sabemos, no fundo de nós mesmos, que a culpa jamais nos deixará ir muito longe na senda do crime.
Por isso é que somos todos nós vítimas potenciais dos "desumanos".
Por isso tememos tanto o "mal", meu amor, pois como sabemos que podemos cometê-lo, não temos defesa contra algo que ainda faz parte de nós mesmos.

Só produziremos "anticorpos" eficazes para nos defender do mal, meu amor, quando nossa mente puder identificá-lo como algo ultrapassado da nossa natureza.

Nesse caso, por estarmos plenamente identificados à lei da reciprocidade, só receberemos o bem que enviarmos, e alguém que tente agir com má-intenção sobre nós receberá ele mesmo o que tentou enviar-nos.

"Deus te dê em dobro tudo aquilo que me desejares" é o que está escrito no pára-choques de alguns caminhões brasileiros.
Escrito, certamente, por pessoas que descobriram intuitivamente a lei da reciprocidade.

Agora é, então, o momento de responder:
Qual é a real natureza do "bem"?
O "bem" é um espelho.
O "bem" é o reflexo do que somos, meu amor.

Devido a isso, é, literalmente, impossível atacar o bem, pois ele, sendo o espelho neutro e inocente que recebe tudo que nele reflete, não tem como processar o mal que lhe foi enviado, não tem como "identificá-lo" como "mal" por não haver mais identificação com o "mal" nele, sendo toda ação negativa retornada imediatamente a quem a enviou.

Uma ação negativa só atua naqueles que a julgam negativa, meu amor, naqueles que culpabilizam pelo que fizeram antes, ou pelo que tem vontade de fazer agora, diante do "mal" que identificaram, logo, ao qual ainda estão identificados.

Todos os que atuam segundo a lei da reciprocidade se ocuparão apenas em reverter o que receberam em um bem.
E não há como não o conseguirem.
Pois só a busca da punição, devido à culpa de sentir-se "mau", de ainda sentir-se identificado a ele, pode manter-nos num estado de sofrimento punitivo.

Assim, os "desumanizados" evitam os "justos" e buscam os "culpabilizados", meu amor.

Pois sabem intuitivamente que o justo sempre reverterá a situação, enquanto o "culpado" se oferecerá como vítima, para diminuir sua culpa.

O contrário da culpa é a paz, meu amor.

Só quem entendeu a lei da reciprocidade saberá habitar a paz que reside dentro de cada um de nós e que se revela àquele que entendeu que o "mal" é uma simples questão de ignorância, de burrice:
"Feitiço é bumerangue perseguindo a feiticeira", nos ensina o cantor Lenine, não confundir com o famoso líder comunista, meu amor.

Se essa paz te interessa, meu amor, "captura", então, KAEILARAE, ou o anjo-arquétipo da paz.

Para "capturá-lo" basta que medites, o quanto for necessário, sobre essa lei da reciprocidade, também conhecida como "lei do carma", pelos místicos.
Começa não inquietando-te mais com a aparente impunidade dos que não culpabilizam, pois enquanto isso te fascinar significa que estás com inveja deles, logo, cultivas ainda tua identificação à ignorância, ou ao "mal".
Deixa que as respostas a estas questões mais complexas cheguem a ti mais adiante, quando já puderes não identificar-te mais à violência.
Quem sabe os budistas tem razão e os "maus" contraem um carma que pagarão noutra vida.
Quem sabe tua reflexão sobre o problema te revelará ângulos de percepção até agora ocultos pela tua identificação com a cadeia da violência.

Mas de nada adianta aqui especularmos sobre crenças, meu amor.
Com o tempo, com a experiência de renunciar ao ciclo da violência, tuas próprias certezas surgirão.

No momento em que puderes renunciar ao preceito do "olho por olho, dente por dente", constatarás, pela tua experiência, como as coisas ruins perdem, pouco a pouco, o poder sobre ti.
Verás como todo "malefício", todo sofrimento, converte-se, sem nenhum esforço da tua parte, em algo benéfico e proveitoso.

Tenta essa experiência, meu amor.
Nada tens a perder.

Não te proponho aqui, como sugere o Cristo, que ofereças a outra face quando te esbofeteiam.
Essa lição virá no seu tempo, quando tiveres maturidade para entendê-la.

Proponho apenas que não esbofeteies de volta, para não perpetuares o ciclo da violência sobre ti mesmo.
Nada há de "místico" ou de "bondade", nem mesmo de covardia nessa proposição, meu amor.
Qualquer ateu justo, movido pelo bom senso, pode entender que violência só gera violência.
Nunca nenhuma violência gerou paz, felicidade ou prosperidade na história da humanidade.

Repito, não responder ao mal com mal é uma simples questão de inteligência.
Não te proponho sequer de silenciar, de "agüentar" calado.
Pois há mil maneiras de defender-se mais eficazmente de uma agressão do que o revide.
E sem manter-se preso ao seu ciclo.
A bíblia conta que o próprio Jesus, quando esbofeteado, disse ao seu agressor:
"Se digo algo errado, corrige-me, se não digo, porque me esbofeteias"?

No momento em que já conseguires renunciar a agredir, meu amor, verás como surgirão espontaneamente em tua mente mil formas de defender-se da agressão.
E bem mais eficazes do que o revide, que te mantém prisioneiro dela.

Quando concordares com isso, tenta escutar melhor todas os pensamentos em ti que clamam por vingança, que querem fazer de ti uma vítima perpétua do ciclo da agressão, meu amor.
Observarás como se tratam de pensamentos automatizados, sem vida própria, simples mecanismos mentais que se repetem sem nenhum outro fundamento que não seja o de te manter no ciclo do sofrimento.

Constatarás como tais pensamentos funcionam como uma gravação independente de ti e da tua vontade.

Se duvidas disso, melhor ainda, meu amor.
Pois para provar que minto, anota, então, tudo o que te passa pela cabeça nos momentos de dor, de tristeza, de raiva, de insegurança, de incerteza.

Constatarás, então, que os pensamentos repetem-se, palavra por palavra na tua cabeça.
As mesmas frases, os mesmo argumentos desfilam como zumbis.
Verás que estes "argumentos" não resistem à nenhuma análise lógica.
Poderás observar que eles mantém-se assim em ti simplesmente porque renunciastes a acionar teu espírito crítico.

Por isso seria tão maravilhoso para ti se, por puro espírito crítico e de contradição, tu anotasses teus pensamentos nos momentos em que clamas por justiça ou por segurança.
"Rebelando-te" aqui contra minha afirmação, verias, então, como obedeces como um autômato às ordens interiores absolutamente desprovidas de conteúdo e de pertinência.

Mas, se concordas de antemão comigo, tenta mesmo assim não ser tão preguiçoso, e caminha por um tempo com uma folha de papel e uma caneta, meu amor.
Aproveita, então, aqueles momentos "terríveis" numa fila, ou em outra situação de espera, para anotar os "argumentos" das reclamações que invadem teu espírito.

KAEILARAE, ou o arquétipo da paz, acompanhar-te-á nestes momentos, meu amor.

Aprenderás, pouco a pouco, a mobilizar em ti a potência que fez com que Mahatma Gandhi "expulsasse" da Índia a poderosa armada inglesa sem disparar um tiro sequer.

Não há nada mais poderoso do que a paz, meu amor.

Mestre Ueshiba, criador do Aikido, ilustra esse propósito com a frase:
"Ninguém pode retirar minha força, porque eu não a utilizo."

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Pode-se orar aos Espíritos durante o dia e pedir?

"Sim, sem dúvida, porquanto , chamando deus a tudo o que era sobre-hmano, os homens tinha por deuses os Espíritos. Dai veio que , quando um homem pelas suas ações, pelo seu gênio, ou por um poder oculto que o vulgo não lograva compreender, se distinguia dos demais, faziam dele um deus e, por sua morte, lhe rendiam culto"As preces que se lhes dirigem só são eficazes, se bem aceitas por Deus".

Bucólico

Zagala, guardadora de esquivanças,
que pascem noutros montes, noutros ares,
guia na direção destes lugares,
o teu rebando de ovelhinhas mansas.

Brancas ovelhas, minhas esperanças,
rebanho que a tanger por entre algares,
tenho feito com zelos e pesares,
o mais viçoso destas vizinhanças,


ao som da agreste avena e dos cincerros,
alcantilados e frolidos serros
galgai, transpondo vales e barrancas,

e a zagala e a seu gado, em sitio estranho,
ajuntai-vos formando um só rebanho,
ovelhas mansas, ovelhinhas brancas.

Bukowsky, londrina 9/12/2009

http://sublondres.blogspot.com/2008/03/buk_22.html


Ótimo blog recomendo!!!!!!!!!!!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Homenagem ao poeta,

"Acho que vou me sentar com vocês? Posso?" Tava foda. "Pô, Brother. Senta ali na outra mesa". "Pô, Bortolotto, você não gosta mesmo de mim" "É. Você tá certo. Mas você pode viver muito bem sabendo disso. E você pode não acreditar, mas não é nada pessoal" Então levantei e fui olhar as duas garotas jogando bilhar. Elas jogavam mal pra caralho, mas é bonito ver como elas se curvam pra acertar a bola. Há algo de genuinamente sexy numa garota jogando bilhar, podem ter certeza disso. É claro que vocês já repararam, mas não custa reafirmar, né? Aí chegou outro cara. E esse eu não gosto mesmo. É o tipo de cara que vive falando mal de mim e depois vem me cumprimentar. Eu não consigo entender. Ele tava conversando com o Brum e veio me cumprimentar. Eu não tava bom pra isso. Falei: "Pô, cara, eu não gosto de você e você não gosta de mim. Então porque tá me cumprimentando?"

sábado, 5 de dezembro de 2009

Poema simbolista

Que bom se eu fosse aquêle labrador,
que eununca pude ser e que eu não sou,
que depois de lavrar os campos, flor, centeio, milho e trigo semeou...

Esse trabalho nunca lhe amargou,
mas à hora doce e triste de sol-por,
tanta canseira o pobre desfolhou,
tanto fez, que semeou a própria dor...

e oh! que amargura, quando a noite vem,
toda dum roxo frio de lilás...
quem dera ser o lavrador, porem!

entrar em casa, a mesa posta, os seus
em derredor, a consciencia em paz,
e tudo em paz, ouvado seja Deus!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Metatron

Pensa aí, então, meu amor, em que fase do teu pensamento te encontras, se já ultrapassastes a fase de julgamento, se ainda estás no medo, ou se és um prisioneiro da revolta.
O ponto de início desse caminho em prol da liberação do medo de pensar é:
Não te julgues.
Sequer por te julgares.