quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Gaia Ciência

Ator e espectador do drama humano. ___ Homem, filho do Bem, filho do mal
Sei de tudo, desci ao fundo amargo
Das idéias, das cousas, das criaturas,
e, dentro da tragédia universal,
fui anjo, fui reptil e o vôo largo
das águias suspendi pelas alturas
eternas das idéias infinitas.

Sofri as leis humanas e divinas...Pensei, senti, vivi profundamente
todas as grandes realidades vivas
e encontrei as verdades cristalinas
do universo visível e aparente
No coração das horas fugitivas..

Nada escapou à minha pnetrante
Impressão da ecistência. vivi tudo!
E tudo que vivi, do claro ao misterioso,
foi destilado na palheta latejante
E passou pelo filtro intimo e mudo
De um alto pensamento generoso.

Despindo as formas leves e vaidosas,
Rasgando as superfícies ilusórias,
a minha alma alongou suas raízes
Insinuantes, sutir, silenciosas
Pelas intimidades infelizes
De tudo quanto viu dentro da Vida.

E cresceu, floresceu, sorvendo gota a gota
Essa seiva de fel, ácida e ingrata
Que há no fundo sombrio das Verdades
E dentro dos seus frutos coloridos
que um meigo vento lírico desata,
ainda há vivos venenos diluídos,
que o puro azul dos céus serenos ameniza,